FOME NA ÁFRICA 9º ANO
Fome na África[editar | editar código-fonte]
No meio do século XXII antes de Cristo, uma repentina e curta mudança climática causou queda no volume de chuvas, resultando em décadas de seca no Egito. A fome e os problemas civis ocasionados acredita-se que tenha sido a causa do colapso do reino antigo. Um dos registos do primeiro período intermediário dizia "Todo o alto Egito está morrendo de fome e as pessoas estão comendo suas crianças". Historiadores da fome africana documentaram vários casos na Etiópia e têm explorado os mecanismos tradicionais adotados pelas sociedades africanas para minimizar o risco e prover comida para os mais vulneráveis em tempos de crise.
O encontro colonial viu a África sofrer numerosos e gigantescos casos de fome. Possivelmente o pior episódio tenha ocorrido em 1888 em nos anos subsequentes, com pestes infectando o gado na Eritreia, que se espalhou até a África do Sul. Na Etiópia é estimado que até 90% de todo gado nacional tenha morrido, transformando ricos fazendeiros em pobres da noite para o dia. Isso coincidiu com uma seca causada por uma oscilação do El Niño, epidemias de varíola, e em vários países, guerra intensa. No Sudão no ano de 1888 é lembrado uma das piores fomes da história, pesando também as dificuldades impostas pelo estado mahdista. A tentativas coloniais de "pacificação" só acabaram piorando a situação, como por exemplo a repressão da revolta Maji Maji de 1906. A introdução de plantações não alimentícias como algodão, e as medidas para forçar os fazendeiros a plantarem isto, também causou muita miséria, como no norte da Nigéria, contribuindo para uma fome em massa após uma severa seca em 1913.
Porém, pela metade do século XX, África não era considerada com perigo de fome em massa, exceto por pequenos episódios localizados, como em Ruanda durante a Segunda Guerra Mundial. O espectro da fome voltou no inicio da década de 1970, quanto a Etiópia e o oeste africano sofreram uma enorme seca. A fome etíope é largamente associada também a crise do feudalismo neste país, que ajudaram na queda do imperador Haile Selassie.
Desde então, as fomes na África tem se tornado cada vez mais frequentes, maiores e mais severas. Muitos países Africanos não são autossuficientes na produção de alimentos, precisando de outras plantações não alimentícias para conseguir dinheiro. Agricultura na África é vulnerável a flutuação climática, especialmente secas, que podem reduzir o volume de alimentos produzidos. Outros problemas também incluem infertilidade do solo, degradação e erosão, além de desertificação. A mais séria das fomes em massa africanas foram causadas por uma combinação de seca, mal planejamento econômico e conflitos. A fome etíope de 1983-1985. No Sudão, em torno da mesma data, seca e crise econômica combinados com a negação que existe falta de comida no país pelo então presidente Gaafar Nimeiry, criaram uma crise que matou aproximadamente 250 mil pessoas, e ajudou para a queda de Nimeiry.
Numerosos fatores pioram a seguridade alimentícia na África, incluindo instabilidade política, conflitos armados e guerra civil. corrupçãopolítica e péssimo gerenciamento dos suprimentos alimentícios, além de políticas de comércio que danificam a agricultura Africana. Um exemplo é a fome em massa criada por abusos nos direitos humanos em Darfur no Sudão. AIDS também tem colaborado para danificar a agricultura, reduzindo a força de trabalho.
Recentes exemplos de fome africana incluem a Etiópia em 1973 e meados de 1980, Sudão na década de 1970 e de novo em 1990 e 1998. A fome de Uganda é, em termos de taxa de mortalidade, uma das piores na história, 21% da população morreu, incluindo 60% das crianças.[5]